COLHEMOS OS CACTOS QUE PLANTAMOS

Imagem de David Mark por Pixabay 

E havendo Abraão dito de Sara, sua mulher: É minha irmã; enviou Abimeleque, rei de Gerar, e tomou a Sara. Gênesis 20:2 

   

    Não foi a primeira vez que Abraão sucumbiu ao medo e pecou contra o Senhor. Ele mentiu deliberadamente, uma ação pensada e reincidente. Não apenas ele, mas Sara também não o questionou e submeteu-se ao pecado de desonra. 

     Não há desculpas para o pecado, e quando o fazemos deliberadamente estamos desonrando aquele que nos deu honra ao nos escolher como seus herdeiros. Assim, a Palavra de Deus nos ensina sobre a vida, sobre o coração do homem, e sobre o caráter de Deus. 

     Observamos neste relato um dos momentos críticos na vida de um homem que foi considerado o pai da fé por obedecer a Deus e crer em suas promessas. Mas que ao tirar o olhar do alvo, cai em ciladas construídas pelo seu próprio eu. 

     Um exemplo real, não um fato fictício e nos ensina sobre a vulnerabilidade no caráter do homem. Como somos fracos, pecadores. Não podemos nos orgulhar por pensar que não haveremos mais de pecar. 

     Também nos mostra como Deus intervém em nossa história, com sua maravilhosa ação destituindo os planos malignos do nosso coração. O mal brotou de dentro do homem, como nos diz o próprio Salvador: Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas as coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos não o contamina. Mateus 15.19-20 

     A Reincidência do pecado de Abraão o envergonhou, trouxe constrangimento, maldição, revelando o mesmo coração descuidado de Adão. Ele colocou em risco a vida de sua esposa, a mulher que Deus escolheu para gerar o fruto de sua descendência, por egoísmo e por um medo pecaminoso. 

     Se nos descuidarmos, confiando em homens, cedendo ao medo e esquecendo do Poder de Deus, faremos até pior que o Patriarca da Fé. Pecaremos e cegos pelas conveniências colocaremos em risco a nossa saúde física, emocional e espiritual. 

    O certo amigos, é que sem o arrependimento genuíno não há mudança no coração do homem. Travamos uma grande guerra, e o pior inimigo é o nosso coração. Se estamos alicerçados, na Verdade, quando formos tentados pelo “eu”, pelo mundo, ou pelo inimigo de nossas almas nos lembraremos a quem devemos obediência e honra. 

   Temos uma natureza pecaminosa, contudo podemos dominá-la por meio da obra de Cristo Jesus, enchendo-nos constantemente do Espírito Santo e andando em Espírito. 

     Reconheço que muitas vezes agimos como néscios, como se estivéssemos desprovidos do temor do Senhor e da sabedoria de suas palavras. Colhemos os cactos que plantamos. Todo pecado traz consequências. O fato de sermos filhos de Deus, herdeiros de suas promessas, não nos isenta da disciplina Divina. 

     Deus não passa a mão na cabeça de seus filhos, como muitas vezes tencionamos fazer com os nossos, cobrindo-lhes os pecadinhos. 

    Também não rejeita os seus filhos por falharem, pois, ele conhece bem as nossas fragilidades e está sempre pronto a nos perdoar quando arrependidos clamamos por socorro. Ele exerce a sua justiça e nos corrige e por sua graça nos ergue e nos ensina com as lágrimas derramadas pela vergonha.