SATISFEITOS E ABENÇOADOS

          

     

          

                                                                       Imagem de Jill Wellington por Pixabay 

                  Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos ímpios. Salmos 73:3 

        O mundo está cada vez mais egoísta, a teoria da prosperidade ainda é forte no meio de muitos que se dizem cristão, se não vigiarmos os nossos pensamentos olharemos para o que não deve ser observado. 

    Quando perdemos o foco do real contentamento, questionamos o inquestionável. Deus é bom, misericordioso e fiel, presente a todo tempo e supre com amor todas as nossas necessidades. 

       Quando nos preocupamos com as coisas terrenas e não com as espirituais, correremos para alcançar o inatingível, pois quanto mais o homem tem, mais ele procura. 

    Em nossa fraqueza podemos pensar que há desigualdade na providência divina, concedendo alguns muitas coisas e a outros permitindo viver a margem da miséria. Na verdade, a humanidade vive uma grande miséria por causa do pecado que assola o mundo. 

    Deus oferece ao homem a oportunidade de ser saciado tanto fisicamente, como espiritualmente, mediando a graça remidora do sacrifício na cruz de seu filho Jesus Cristo. 

    Ele dá a cada filho o tanto certo para que viva com alegria, o tanto que Ele deseja, e devemos estar satisfeitos com tudo que recebemos do Senhor. A nossa falta de sabedoria, domínio próprio, vaidade, nos faz administrar erroneamente os talentos que recebemos, por esse motivo há escassez em nossas mesas, porém sempre haverá pão em nossas bocas. 

     É gracioso reconhecer que Deus é sempre fiel, independente ou não de nossa fidelidade. E derrama a sua misericórdia sobre nós abençoando-nos sem medida e merecimento. Porém, a nossa fidelidade a Deus traz satisfação a nossa alma, alegra a vida, e também é vista e recompensada por Deus, tanto neste mundo como na eternidade. 

     O desejo de ter mais e mais, faz o insatisfeito olhar com inveja para aqueles que se destacam financeiramente que sejam eles salvos ou não. Desejam ter, ou ser como estas pessoas. Assim também observam as riquezas do mundo e as desejam, correndo para alcançá-las, porém questionam o esforço dispensado, ao tempo que muitos homens não precisam suar seus rostos para alcançar sucesso, dinheiro e fama. E o fim destes não é nada bom. 

        Certamente tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. Salmo 73:18

     Quando há o desejo de ganho fácil, também há o distanciamento da Verdade que liberta o homem de todo egocentrismo, pois o Senhor nos chama para liberdade das coisas materiais, para o despojamento do ter, para que venhamos a ser como Cristo. 

     Andando na simplicidade, servo uns dos outros, humildes, satisfeitos com cada dia que nasce. Vivendo alegremente com o fruto de seu trabalho, sim com o suor de seu rosto. 

     Pois, comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. Salmo: 128.2. 

     Não é difícil observarmos que há um distanciamento entre o cristão e a piedade. Se o foco for nas coisas terrenas, as coisas espirituais vão ficando em segundo plano e o inimigo de nossas almas, segue zombando da negligência cristã. 

     A Verdade é que não importa ter coisas, mas importa a herança que recebemos de Cristo Jesus, nosso Senhor e como desejamos que os outros a alcancem. 

     Outra verdade é: confiando em nosso Deus, sendo bons mordomos, eliminando a ganância, sendo fiel ao que temos crido, poderemos passar tempos apertados financeiramente, mas nada de necessário nos faltará.

     Somos felizes e devemos ser gratos, pois a nossa verdadeira riqueza nos aguarda.