FALAR, E OUVIR COM SABEDORIA

   

Imagem de Thomas Wolter por Pixabay

     Como seria bom se padrão de nossa comunhão, conversas, brincadeiras, admoestações fossem ao padrão ensinado por Cristo. Precisamos como cristãos verdadeiros, saber falar e ouvir uns aos outros. 

    São duas questões importantes para termos comunhão sadia nos lugares que frequentamos, incluindo o local de Adoração. Como tratamos os nossos irmãos revela temor a Deus, e o bom desenvolvimento do fruto do Espírito Santo. 

    Porém, somos desleixados, desobedientes e nem sempre vivemos da maneira que agrada a Deus. Nem sempre estamos cheios do fruto do Espírito, mas embriagados em nossa velha natureza. A rivalidade existe dentro de nossos relacionamentos, e da igreja também. 

    Irmãos e irmãs discutem por coisas banais, brigam, batem boca, ficam sem falar uns com os outros, tecem mentiras, enganam, produzem fofocas, e muitas vezes tratam uns aos outros sem o devido respeito. É vergonhoso ter uma igreja que mais parece um ringue de dissoluções, onde o perdão fica longe e com irmãos que guardam mágoas uns dos outros. 

    O corpo de Cristo não deve ser repartido, mas todos devem amar e respeitar as diferenças. 

    Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Efésios 4:1,2 

    As nossas palavras, o jeitinho como tratamos nossos irmãos, devem ser sempre moderadas pelo Espírito Santo, com intenção de construir vínculos de Paz, ou de correção em amor. 

    Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Gálatas 6:1 

    Se seguíssemos as instruções da Sã doutrina, não usaríamos da malícia, ironia, tampouco de zombaria ou falta de sabedoria ao tratar com nossos irmãos. 

    Nem sempre uma brincadeira ou um comentário acerca da individualidade é bem recebida pelo outro. Penso que devemos ter a noção de quem é capaz de receber uma brincadeira com humor, ou transformá-la em ofensa. 

    Nem todos reagem da mesma forma. Diante de uma crítica, um irmão pode se sentir constrangido, desprezado, entristecer-se, e até adoecer espiritualmente. Palavras marcam a história, e ditas não voltam. 

    Somente pelo perdão e pela graça de Cristo que o ofendido consegue apagar o lhe chega no coração, abrindo-lhes feridas. Uma palavra inoportuna pode destruir relacionamentos, suscitar mágoa e alimentar o pecado da ira. 

    O nosso maior exemplo é a moderação usada pelo Salvador, como ele tratava seus provocadores, se o seguíssemos não seríamos instrumentos de dissolução, mas de reconciliação. 

    Precisamos aprender a falar, colocar em nossos lábios o tempero certo: o temor a Deus. Eu me incluo meus irmãos, porque a língua é fogo e se não me vigiar destilarei brasas. 

    O controle da língua está no coração, não haveremos de cuspir fogo se o nosso coração estiver revestido com a sabedoria de Deus. 

    Precisamos também saber ouvir e diferenciar os comentários de nossos irmãos quanto as  críticas, ou brincadeiras sem noção, e passar na peneira toda Palavra que se faz inoportuna, acolhendo em nossos ouvidos somente o que for do agrado de Deus. 

     Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. Filipenses 2:3–4 

    Quando um de nossos irmãos nos ofende com comentários maldosos, ou insinuações, o melhor a fazer é esclarecer a situação, ser sincero com a pessoas, dizer o que está no coração usando de sabedoria e não devolvendo com o mesmo peso, ou cultivando uma floresta de mágoas. 

    A discórdia, as falas irônicas, as brincadeirinhas de mal gosto, ou até mesmo a admoestação sem intenção de ofender, porém, sem sabedoria, trazem grande prejuízo ao corpo de Cristo. 

    Se não respeitamos as diferenças, as fraquezas, de nossos irmãos como estaremos aptos para ajudá-los a crescer espiritualmente? 

    Se não aprendermos a suportar em amor os mais fracos, como o nosso caráter será moldado por Deus? Quando nos encontramos para Adorar ao Senhor, o amor fraternal deve ser exercido fortemente, é na igreja que ensinamos o amor de Cristo.

     Como não vivê-lo? Como não perdoar? Pense nisso! E exista sendo um cristão genuíno. O ódio exita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões.  Provérbios, 10:12