LIMPANDO NOSSAS JANELAS

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E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. Colossenses 3:15

Após ter sido submetida a  cirurgia uma irmã da igreja começou a receber visitas de seus irmãos em Cristo. As primeiras visitas chegaram em um dia pela manhã, e alegremente passaram a conversar com a convalescente perguntando-lhe detalhes de sua cirurgia.

De repente, uma das senhoras olhando para as janelas do quarto falou: irmã, faz tempo que não limpa as janelas? Elas estão cheias de poeira e isso pode fazer mal para sua saúde.

A irmã doente que mal conseguia se mexer respondeu: é amiga, depois que adoeci fiquei impossibilitada para esse tipo de limpeza. Aquelas irmãs se despediram e desejaram boa recuperação a amiga.

No outro dia, outras duas senhoras também chegaram para visitar a irmã. Entraram no quarto levando algumas frutas. Sentaram junto a cama, leram a Bíblia, oraram e cantaram louvores com a irmã enferma. De repente uma das irmãs, deixou o quarto e quando voltou trouxe um balde com água e sabão e enquanto conversam aquelas irmãs lavavam a janela da enferma.

Ao se despedirem, agradeceram novamente a Deus pelo privilégio de ver como a irmã estava se recuperando bem e deixaram a casa da amiga limpa e arrumada.

Amadas, nossa primeira ação ao ler esta história é comparar as atitudes das irmãs, mas não devemos fazer tal coisa, pois as mesmas foram solicitas em chegar a casa da enferma para trazer-lhe alegria. Porém, aprendemos algo importante com esta história: não podemos oferecer ao próximo aquilo que não somos.

Para sermos servos uns dos outros, primeiramente precisamos aprender com o nosso Salvador e viveremos segundo seus ensinamentos. 

Despindo-nos do velho homem, revestindo-nos do novo. Esse revestimento é como trocar todos os dias os trapos sujos que envolvem o nosso coração por panos limpos, fruto do Espírito Santo gerado pela conversão.

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade. Colossenses 3:12

Para trocarmos de roupa, é necessário tirar as velhas, ou seja os pecados que insistem em fazer morada em nossos corações. Esses pecados nos impedem de observarmos o quanto as nossas janelas estão sujas, e distorcem as nossas lentes para julgarmos as janelas sujas do próximo, sem fazermos a diferença.

Essa mudança não só é possível como também necessária. Fomos eleitos, escolhidos por Deus para sermos suas propriedades e andarmos vestidos de acordo com a novidade de vida, todos os dias.

Como filhos de Deus somos, e agimos diferente do mundo. As virtudes citadas por Paulo, fazem parte do processo de santificação. Devemos demonstrar pelo próximo sentimentos ternos, ou seja de ternura e compaixão. Revestindo-nos de bondade, pois dia a dia recebemos de Deus a sua benignidade.

O nosso proceder revela a quem estamos servindo, e muitas vezes deixamos que os nossas vestiduras fiquem como trapos sujos  novamente.

Reconhecer que precisamos limpar nossas janelas antes de olhar para as janelas do próximo e julgá-las, é um ato de humildade. Ser humilde vai além do “bonzinho”, implica conhecer o seu estado miserável de pecador, colocando-se aos pés de Cristo e aceitando a Sua vontade.

O humilde não se prioriza, mas pensa primeiro em ajudar o próximo ao invés de julgá-lo em suas deficiências.

Amadas, só podemos oferecer ao próximo o que temos no coração. Se o nosso coração estiver cheio do fruto do espírito, nossas ações serão de doces afetos de misericórdia.

“O amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei” Gl 5:19-23

Se a prudência habita em nosso ser, agiremos uns para com os outros com mansidão, olhando os nossos irmãos com longanimidade, ou seja suportando as provocações dos outros com brandura, sem o desejo de dar o troco.

Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Gálatas 6:1

Não basta suportamos as injúrias sem o desejo de vingança, devemos também perdoar os que nos causam alguma ofensa. Sem deixar que a mágoa se instale em nossos corações. Assim, estaremos cumprindo a lei de Cristo: Amando verdadeiramente o próximo.