VAI TUDO BEM

VAI TUDO BEM 

 “Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher importante, a qual o reteve para comer pão; e sucedeu que todas às vezes que passava por ali entrava para comer pão.” 2 Reis 4:8

Eliseu entrou na casa daquela mulher, porque fora convidado. Um ato de humildade, generosidade e desejo de servir despretensiosamente a Deus. Muito raro é este desejo de servir sem esperar recompensas, um amor altruísta. 

Ela, uma mulher sem nome, porém de características singulares viu no profeta Eliseu, a representação de Deus. Assim, preparou-lhe um lugar em sua casa. Como é bom receber pessoas que servem ao Senhor em nossa casa. 

Contudo, isso só é possível se o Senhor já estiver acolhido em nossa casa espiritual. Eliseu desejou recompensar aquela mulher, porém, ela nada o pediu. Porque nada lhe faltava, aparentemente era satisfeita, tinha uma vida sossegada e reconhecida naquele lugar. 

 O sentimento de gratidão nos faz devedores, queremos retribuir o bem que as pessoas nos fazem. Eliseu concedeu à mulher algo que jamais passou no pensamento dela em poder alcançar, pois, seu esposo era idoso. Ela recebeu a bênção da maternidade. E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. 

E disse ela: não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva. 2 Reis, 4:16 

A reação da mulher não foi um ato de incredulidade, mas sim de espanto, pois como saberia Eliseu de seu desejo de ser mãe, se não fosse o próprio Deus que o revelasse? 

 Deus é o único que conhece os desígnios do coração do homem e sabemos pela Palavra que os profetas eram portadores de suas promessas. Deus realizou conforme prometeu, porque a sua graça é irrevogável, ele cumpre a risca suas promessas e seu juízos. 

 Algo, contraditório aconteceu no passar de alguns anos, sendo a criança ainda pequena, adoeceu repentinamente e morreu no colo de sua mãe. “E ele o tomou, e o levou à sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia, e morreu.” 2 Reis, 4:20 

Não observamos no texto um ato de desespero por parte daquela mulher, as ações tomadas nos levam a perceber o quanto confiava na promessa de Deus. “E subiu ela, e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou a porta, e saiu.” 2 Reis 4:21 

 Não fez saber ao esposo da morte prematura da criança, antes, guardou-a no quarto do profeta e saiu para buscar ajuda de quem realmente poderia ajudar. Aquela mulher sabia que a única pessoa capaz de interceder a Deus por seu filho era Eliseu. Deus dá, Deus tira, e restitui se for sua vontade. 

Contudo, quando o ajudante do profeta a encontrou no caminho e perguntou como sua família estava ela respondeu: vai tudo bem. Vai tudo bem contigo, com teu marido, com o menino? 

Ela respondeu: Tudo bem. 2 Reis 4:26 

Vamos até aqui neste exemplo que nos ensina sobre Fé, graça e expresso o que dele aprendi: 

 1- O desespero é um ato de incredulidade. 

 2- Nem todas as pessoas precisam saber de nosso sofrimento, pois podem tomar decisões precipitadas para nos ajudar. 

3- Não há nada impossível para Deus, mediante a Fé. 

 4- Devemos contar o nosso sofrimento a quem confiamos e sabemos que pode nos ajudar. 

5- O sofrimento só pode ser resolvido quando não deixamos a dor nos paralisar. 

6- Deus usa pessoas, porém toda Glória é dEle. 

Considero estes os pontos, chaves na ação daquela mulher, mas ainda há um que se faz mais importante de todos, a mulher sunamita havia hospedado não só o profeta Eliseu em sua casa, antes de tudo havia recebido Deus em seu coração. 

Se não hospedamos Deus em nosso coração nossas buscas serão em vão. Deus é que nos fortalece no tempo da angústia e nos dá discernimento para agir com prudência. 

Sabemos que tudo vem de Deus e Ele nos dá mesmo sem merecermos ou pedirmos. 

Assim é a salvação, recebemos algo de Deus que não merecemos. Ele nos faz morrer para o mundo e nos dá uma nova vida em Cristo Jesus.