Cicatrizes

Cicatrizes II
No quarto repousa tranquila
A virgem que inocente sonha
No silêncio da noite segura
Entre lençóis está sua alegria
Guardado o segredo da vida
O mal sorrateiro invade 
Tão atrevida à mão que acalanta
E enche seu corpo de aflição
Não entende a pura miúda
À noite lhe traz o horror
Rouba o sono e a esperança
Da boca lhe tira o sabor.
O grito foi silenciado
Sonhos interrompidos foram
Quisera não tivesse nascido
Ou mesmo não desabrochasse a flor
Que seus morros não se elevassem 
Seria sempre afetuosa criança
Deitada no colo da mãe
Ouvindo as belas histórias
Casta esperando o Amor.
O tempo não apaga cicatrizes
Mas Cristo justifica o pecador
O que foi não volta atrás
O perdão entra na vida
E libera a mente do pensador

Comentários

  1. Forte,! Mas extremamente compreensivo. O mundo a roubar a inocência, e posteriormente a dadiva de Deus a suprimir o sentimento de incapacidade . Eu me vi, no poema. Minhas dores e minhas angustias, a floradas pelas maos de um algoz!!!

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  2. Ao lê neste poema,perco a concentração por senti a opressão da criaça,é muito forte por ser real este tipo de agressão ficou bem detalhado.Um tipo de trauma que só Deus pode dá a cura da alma e livrar dessas opressões e promovendo o perdão.

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  3. Ao lê o poema da minha poetisa predileta,me perdi,forte demais esteco relato por ser com criança e bem detalhado,é tão real neste mundo. Que terrível crime e tão bem expressado pela autora Elma Sales.

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